Deus usou Donald Smith, como usou Finney, para produzir profunda convicção de pecado nos corações dos pecadores, enquanto ele testificava a eles. Suas palavras eram como dardos inflamados de convicção. Logo que ele se converteu, ficou tão cheio do Espírito de Deus que quando entrou na sala de aula, a professora estremeceu com convicção e deixou os papéis caírem no chão. Foi preciso sair da sala.
Na primeira noite depois da chegada de Donald e dos outros irmãos em Berneray, o inferno todo parecia estar em guerra contra o pregador. Não havia reação alguma. Foi uma reunião fria e morta. O texto da mensagem de Duncan Campbell foi: “Tu, Cafarnaum, ele- ver-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até o inferno” (Lc 10.15).
De repente, Duncan Campbell parou no meio da sua pregação e pediu que Donald Smith orasse. O rapaz derramou o seu coração diante do trono da graça numa súplica sincera e fervorosa. Ele orou por uma meia hora com oração agonizante em favor das pessoas daquela ilha. Clamou a Deus, firmando-se nas promessas da aliança de Deus, e louvando a ele por ser um Deus que respondia as orações.
Então os céus se rasgaram e o Espírito de Deus foi derramado sobre o povo como no dia de Pentecoste. Houve a mesma manifestação do poder do Espírito de Deus que acontecera na ilha de Lewis nos meses anteriores. Houve as mesmas manifestações físicas dos dias de Wesley e do avivamento no país de Gales. Muitos ficavam em estado de êxtase. Outros foram prostrados diante do Senhor, caídos sobre os bancos. Ainda outros recebiam visões.
A característica notável deste vento do Espírito era que simultaneamente Deus movia na igreja pelo derramamento do seu Espírito e sobre as casas e redondezas da aldeia. Em todos os lugares as pessoas sentiam convicção de pecado – ateus, bêbados, e indiferentes comerciantes. Homens de negócios nas suas firmas, professores corrigindo suas provas, donas de casa nos seus lares, e até os pescadores na baía – todos eram dominados pela profunda convicção de pecado.
Sentiam uma estranha compulsão interior de ir ao salão de reuniões, onde por certo algo aconteceria, e onde pudessem encontrar alento. Sentiam ao mesmo tempo angústia e admiração. Os caminhos nas ladeiras logo se escureciam com as pessoas que afluíam para o salão de todas as direções.
fonte: Revista Impacto
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