“Ao chegar, encontrei a multidão reunida na beira de um prado onde continuou acampada durante muitos dias e noites consecutivos, durante os quais havia a todo o momento adoração a Deus em algum lugar do acampamento. Muitas vezes havia pregação em vários pontos simultaneamente. As cenas eram para mim sobremodo estranhas. Desafiavam qualquer tentativa de descrevê-las. Grandes números de pessoas caíam como homens mortos na guerra, e continuavam por horas num estado relativamente imóvel e sem respiração. Às vezes, por alguns momentos, reavivavam e demonstravam sintomas de vida por um profundo gemido ou um grito agudo e penetrante, ou ainda por uma oração por misericórdia fervorosamente pronunciada. Depois de permanecer assim por horas, obtinham libertação. A nuvem tenebrosa que cobrira os seus rostos parecia desvanecer progressiva e visivelmente, e a esperança em sorrisos clareava até se transformar em alegria. Levantavam-se, então, para bradar sua libertação, e dirigiam-se à multidão em redor numa linguagem genuinamente eloquente e impressionante. Atônito, eu ouvia mulheres e crianças declarando as maravilhosas obras de Deus e os gloriosos mistérios do evangelho. Seus apelos eram solenes, comoventes, ousados e livres. Sob o efeito de tais apelos muitos outros caíam no mesmo estado do qual estes acabaram de ser libertos.”
fonte: Revista Impacto
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